Lula na ONU 2024: Clima e Queimadas no Brasil

Na abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo urgente para que o mundo intensifique suas ações contra a crise climática. Seu discurso ocorre em um momento crítico, onde o Brasil enfrenta uma série de eventos climáticos extremos, como enchentes no sul, secas severas no norte e um aumento sem precedentes nas queimadas.

“O planeta não espera mais. As próximas gerações não podem herdar um mundo em ruínas”, alertou Lula, destacando a necessidade de reformas e compromissos globais mais ambiciosos.

Calor extremo e qualidade do ar crítica

Rua deserta com muito calor  I Lula na ONU 2024: Clima e Queimadas no Brasil

O Brasil está sofrendo com ondas de calor intensas e uma qualidade do ar crítica, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo.

Segundo o Instituto de Pesquisas Ambientais da USP, a cidade atingiu, nos últimos dias, um nível de concentração de material particulado (PM2.5) superior a 50 µg/m³, o que é considerado perigoso pela OMS. Essa poluição é em parte resultado das queimadas nas regiões amazônicas e do Cerrado.

Além da poluição, o calor extremo tem agravado o cenário de seca em diversas regiões. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) informou que a temperatura em algumas cidades brasileiras atingiu marcas superiores a 40°C nos últimos dias. Esse calor excessivo afeta a saúde pública, aumentando os casos de internações por doenças respiratórias (exame.)

A Proposta de Lula na ONU: Um Fundo Global para o Clima

Em seu discurso, Lula propôs a criação de um Fundo Global de Proteção Climática, que teria como objetivo financiar ações de preservação de biomas tropicais, como a Amazônia, e a recuperação de áreas degradadas. O fundo também seria usado para apoiar o combate às queimadas e promover práticas agrícolas mais sustentáveis.

Lula ressaltou que, embora o Brasil tenha assumido um papel de liderança nas discussões climáticas, os países mais ricos precisam assumir maior responsabilidade. Ele destacou que o custo da adaptação às mudanças climáticas e da mitigação de seus impactos tem sido injustamente distribuído, penalizando nações em desenvolvimento, como o Brasil, que sofrem mais intensamente os efeitos das crises ambientais

Internamente, o governo brasileiro também tem intensificado suas ações para reverter os danos ambientais. O governo já propôs reforçar a fiscalização ambiental e duplicar o orçamento para a recuperação de áreas desmatadas. A meta, segundo Lula, é reverter a destruição de 1 milhão de hectares até 2030 e reduzir as emissões de carbono em 40% até 2040. (Gov.br)

Caminhos para o Futuro

O discurso de Lula na ONU não foi apenas um apelo para a ação internacional, mas também trouxe propostas concretas para enfrentar a crise. Além da criação do Fundo Global de Proteção Climática, o presidente propôs que os países desenvolvidos liderem o financiamento de tecnologias limpas e contribuam com soluções para o sequestro de carbono. A reconfiguração das cadeias produtivas em direção a uma economia de baixo carbono também foi mencionada como uma das prioridades globais.

Com isso, Lula reafirma a urgência de combater as mudanças climáticas de forma global e coordenada. As enchentes e as queimadas são evidências claras de que o planeta está respondendo às ações humanas. Para evitarmos um futuro de catástrofes naturais ainda mais intensas, é essencial fortalecer políticas ambientais, garantir justiça climática e proteger os biomas brasileiros.

No EcoSociedade, seguimos monitorando e debatendo esses desafios, e nossa missão é promover a conscientização e o engajamento público em torno das questões ambientais e sociais. Saiba mais sobre esses desafios em nosso artigo sobre as Queimadas no Brasil: Impactos e soluções e descubra como podemos agir localmente para gerar mudanças globais.


Referências

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